A viagem de Curitiba ao Porto de Paranaguá, no litoral paranaense, dura uma hora. Até a ilha das Peças, são mais 25 minutos de lancha. Esse trajeto é percorrido nos fins de semana com prazer por um casal e a filha, de 2 anos. Quando desembarcam, chegam ao chalé de 80 m² erguido de frente para o mar, com a devida autorização do Ibama, responsável pela preservação do local. “O órgão só permite construir em terrenos onde há ou havia uma edificação. E a mesma área deve ser mantida”, explica Olga Bergamini, arquiteta curitibana que assina o projeto. “Estruturas de alvenaria também são proibidas”, complementa. Como os donos são apaixonados por madeira, essa restrição não se tornou um problema. Coube, então, à profissional criar uma moradia pequena, que abrigasse três quartos, churrasqueira e varanda, usando um sistema pré-fabricado. A obra durou oito meses e terminou em junho de 2008. Se, em vez da praia, sua opção é pela montanha, visite a reportagem sobre um chalé cheio de charme em Monte Verde, MG.
Chalé de madeira na praia ficou pronto em apenas 8 meses
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A chaminé da churrasqueira foi a única parte do projeto de Olga Bergamini onde se usou alvenaria. Posteriormente, foi revestida com pastilhas de vidro marrom-claras (Rossi). Na varanda, uma cortina leve e solta dá privacidade aos moradores.
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Repare que a abertura estrategicamente posicionada sobre a bancada da cozinha conecta o ambiente à churrasqueira, que fica do lado de fora, num trecho coberto. Bancos da Artesanal e tampo de granito Litoral Mármores. Projeto de Olga Bergamini.
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O chalé de madeira abriga três quartos, churrasqueira e varanda. O telhado recebeu atenção especial. Os proprietários não gostam das típicas duas águas. Por isso, propus beirais largos e um jogo de 16 planos seguindo a planta em H, diz Olga Bergamini. Com um sistema pré-fabricado, a construção demorou somente oito meses para ficar pronta.
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Três tipos de madeira aparecem na construção deste chalé: garapeira nas paredes, muiracatiara no assoalho, e itaúba (Madeireira Gralha Azul) no forro e no telhado. Nesta sala, o sofá é da Estofaria Pereira e mesas e cadeiras são da Artesanal. O projeto, erguido de frente para o mar na ilha das Peças, Paraná, é assinado pela arquiteta Olga Bergamini.
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No corredor entre a ala social e os quartos, a arquiteta Olga Bergamini alocou a cozinha uma forma de otimizar a planta compacta. Os armários são da marcenaria Schuartz & Filhos.
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Todos os cômodos têm portas de correr com telas mosquiteiras. Abertas, elas integram os ambientes no projeto de Olga Bergamini.
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Guapês e guanandis, árvores nativas preservadas, guardam o caminho que leva à praia, demarcado por dormentes, mesmo material usado na cerca. A areia fica à vista, ao gosto dos donos. Projeto de Olga Bergamini.
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1. Telhado. Com 60% de inclinação e 16 águas, é composto de vigamento, ripamento, manta isolante, telhas portuguesas e forro de itaúba. 2. Paredes. Cada peça de garapeira (15 x 130 x 3,50 cm) foi encaixada em montantes de 14 x 14 cm. Nas bases, a fixação se dá por meio do peso do próprio conjunto. 3. Piso interno. A casa fica suspensa do solo, apoiada em barrotes de garapeira de 14 x 14 cm. O piso de muiracatiara foi instalado por encaixe macho e fêmea. 4. Fundação. Constituída de sapatas de concreto armado. 5. Hidráulica e elétrica. Por estar suspensa, a construção concentra sob ela as instalações hidráulicas e elétricas, facilitando a manutenção. 6. Deque. A superfície de itaúba foi lixada e, posteriormente, protegida com verniz impregnante (Sparlack Cetol Deck, da Akzo Nobel).
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Detalhe construtivo das paredes.
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Em formato de H, o chalé possui três quartos, dois banheiros, salas, churrasqueira e lavanderia cobertas e uma varanda. A cozinha é o coração da casa.